sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Carnaval sem hipocrisia

por Gabriel Andrade

Essa semana eu vi um post com uma frase de impacto, então refleti   um pouco sobre as implicações do que parece ser uma mensagem cheia de boas intensões:

"Troque a sua
 felicidade de três dias de carnaval pela felicidade verdadeira do privilégio de buscar e agradar a DEUS"

Em primeiro lugar, sim eu creio nas Escrituras e em Deus, e não, não gosto da festa carnaval realizada hoje no Brasil(salvo algumas manifestações de legítima cultura popular) , por uma questão cultural, de consciência e gosto pessoal, mas nem por isso vou afirmar que as pessoas que estão ali não estão felizes, isso é mentir.

Em segundo, Não existe felicidade de mentira, existem pessoas que preferem viver uma mentira porque lhe convêm, pior que, em ambos os lados.
Pois sim, há muito mais hipocrisia na religião Cristã do que em qualquer outro culto terrestre.
Os fieis tem as Escrituras e as recomendações do Salvador, mesmo assim preferem viver da ração podre que é oferecida, sem nem ao menos duvidar, pelos líderes religiosos, os intocáveis "homens de Deus". E assim vivem enfurnados em templos ignorando ferozmente o mundo lá fora, não só isso, ignorando tudo que o Senhor nos recomenda nas Escrituras.

Terceiro, quanto ao privilégio de buscar e agradar a DEUS..
Pois é, isso não está errado, mesmo assim essas são duas palavras perigosas: buscar e agradar, pois ambas remetem a orar e adorar. Ambas expressões completamente deturpadas a bastante tempo. Pois como diria o Salvador "os verdadeiros adoradores adorarão em espirito e em verdade", ou seja, internamente, buscando a reflexão sobre as escrituras e o mundo a sua volta. Não em templos, nem no monte, nem nas esquinas ou nas praças, pois não é para o seu reconhecimento que o deve fazer, e sim para crescimento intrínseco como indivíduo.
Infelizmente as denominações cristãs se aproveitam dessas palavrinhas para pescar almas para o seu aquário. Pior, transformaram a oração, que deveria ser algo pessoal, em numa balburdia coletiva e repetitiva, sem reflexão, sem mérito, sem espirito, e a adoração num show inerte, o que não é diferente do carnaval, afim de impregnar os costumes nas cabeças das pessoas, reprimindo seu pensamento e aprisionando seu coração tão distante da consciência da verdade e da satisfação pessoal do verdadeiro Evangelho que chega a ser aberrante e muitas vezes um verdadeiro crime ideológico contra as Escrituras, que deveriam ser sagradas.
Mas isso parte da consciência não do conceito, como diria Paulo.

No fim, na prática, carnaval e religião são quase a mesma coisa: Ambas te vendem felicidade, você gasta muito dinheiro, você só embarca neles por causa dos apelos de mídia, amigos e raramente por decisão de crescimento intelectual, ou mesmo maturidade.
No final, se tornaram só mais um mecanismo pra te condicionar a ser, e a fazer coisas que, pela razão, você não faria se parasse só um minuto pra refletir.